Este Torneio de Wimbledon 2009 terá de ser seguramente o pior desde que o trambolho desajeitado croata (noutras latitudes também conhecido por Goran Ivanisevic) se tornou em 2001 o primeiro e único campeão com acesso ao torneio apenas por wildcard. A edição actual desta mítica prova tem sido até agora uma sucessão monótona e interminável de jogos sofríveis em que o Federer vai exibindo a sua característica panóplia de bolas disparatadas e, ainda assim, despreocupadamente ganhando jogos atrás de jogos com uma simplicidade que irrita. Djokovic parece finalmente começar a ganhar as boas manias de um grande jogador, enfileirando ali 35 slices e 23 direitas cruzadas a uma distância seguríssima da linha de fundo não vá acontecer um inesperado winner, até ao ponto em que até o mais respeitável e sereno gentleman britânico na assistência perde o controlo e, encarnando por momentos a consciência do adversário do Djokovic, decide disparatar num tiro absurdo com o único propósito de atingir na sua trajectória o "baixo ventre" do Djokovic (ou, em alternativa, o juíz de linha para proporcionar um grande momento à enfadada assistência). Para agravar tudo isto, não só tem estado bom tempo como mesmo que não estivesse os ingleses para este ano construíram um tecto amovível no court central que anula os humores instáveis do clima britânico e faz com que as interrupções de jogos por várias horas ao som da chuva sejam apenas uma doce recordação de tempos imemoriais.
Surpreendentemente (ou não), aquilo de que mais se tem falado durante esta semana tem sido o joelho do Nadal e as suas dogmáticas e misteriosas tendinites de repetição, cuja explicação tem sido alvo de várias teorias (via Maradona) enquanto não sai o novo livro do Dan Brown. Até mesmo o novo fetiche do circuito feminino (os gritos pornográficos de Michelle Brito) desiludiu as centenas de jornalistas presentes nas bancadas com medidores de décibeis em punho, isto porque desta vez para acabar com a polémica o raio da miúda deidiu calar-se só para chatear a malta. Só aqueles gritos me poderiam manter acordado durante estes dias enfadonhos passados em frente à Eurosport enquanto a minha barba cresce e lá fora parece que está bom tempo. Não sei, acho mal...
sexta-feira, 26 de junho de 2009
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