segunda-feira, 15 de junho de 2009

Não gosto de falar sobre futebol

Mas às vezes é preciso. Parece que o AC Milan chegou a acordo com o FCPorto para a compra de Cissokho por 15 milhões. Ao contrário de outros, os números a mim não me escandalizam; nenhum clube está imune a periodicamente enfiar um barrete a troco de muitos milhões (e o AC Milan no passado recente tem sido pródigo neste capítulo). Não tenho nada contra o Cissokho. Não é sequer o melhor lateral do FCP (sim estou-me a referir ao Fucile) por isso não será certamente um dos melhores da Europa, mas acredito que tenha uma larga margem de progressão e possa vir eventualmente a tornar-se um jogador razoável e equilibrado (isto se alguém entretanto lhe explicar que o futebol é um pouco mais do que uma competição para ver quem chega mais rápido à linha de fundo do adversário). No entanto, nada disto interessa. O motivo do post está relacionado com uma notícia publicada ontem num jornal desportivo de Itália (não deixo link para não ferir susceptibilidades) que dizia "AC Milan vê em Cissokho o herdeiro natural de Maldini". E isto, claro, é grave. O simples facto de ter estes dois nomes juntos na mesma frase é uma afronta directa a um dos maiores jogadores que o futebol mundial algum dia conheceu; estabelecer qualquer tipo de relação entre eles é um crime. Aliás, a esta hora o Maldini deve estar a sofrer um ataque de convulsões e perdas de consciência. E a heresia só não é maior porque a direcção do Milan decidiu no final desta época retirar a camisola 3 que pertencia a il capitano, pelo que não poderá ser entregue a Cissokho. Essa numeração só poderá ser recuperada se no futuro os filhos de Maldini decidirem jogar futebol profissional e adoptar o mítico jersey do pai. Parecendo que não, há coisas neste mundo que até fazem um gajo chorar.

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