segunda-feira, 30 de março de 2009

"A man of many parts"

Confesso aqui num misto de vergonha e deferência que ando a ler o Livro do Desassossego há mais de 4 anos. Devido à minha reduzida estrutura mental diante do mestre, nunca me atrevo a avançar mais do que algumas páginas por semana. Quando começo a achar que o Paul Auster ou o Nicholas Sparks até nem escrevem mal, tenho um ataque de pânico, esbofeteio-me repetidas vezes e leio mais 5 linhas de Bernardo Soares e logo me sinto refeito e pleno. Sucede que durante esta semana descobri numa entrevista antiga que a Miss Sarkozy Carla Bruni elege Fernando Pessoa como um dos seus escritores preferidos e o Livro do Desassossego o melhor livro que já leu. E…bem…isto assustou-me não sei por quê. Como esta semana fez anos da morte do Goethe até ando meio sensível e tal por isso…não sei…resolvi partilhar.

Claro que nada disto tem algum interesse a partir do momento em que o George Steiner descreve isto tudo assim: Imagine a fusion of Coleridge's notebooks and marginalia, of Valery's philosophic diary and of Robert Musil's voluminous journal. Yet even such a hybrid does not correspond to the singularity of Pessoa's chronicle.

Como sempre, a capa da edição inglesa é muito melhor do que a original em português.



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